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Foto do escritorTiago Cavalcanti Tabajara

Como se adaptar em tempos de Crise



Mesmo em tempos de crise é necessário investir em treinamento e capacitação dos gestores e equipe. Será necessário usar novos conceitos e ferramentas para aumentar a produtividade e assertividade.


Grande parte da resistência às mudanças é decorrente de posturas engessadas e que não pretendem ser alteradas sob a ideia de que o que está sendo feito está bom. O modelo mental dessas pessoas está enraizado em experiências vitoriosas do passado, cuja mudança ou adaptação é vista como um repúdio às estratégias que funcionaram. Na cabeça dessas pessoas é quase como esquecer-se dos feitos anteriores e entrar em um terreno desconhecido, onde as vitórias do passado não possui mais relevância.

Malcon Gladwell propoz em sua teoria das 10 mil horas que qualquer pessoa pode ser especialista em qualquer coisa desde que aplique 10 mil horas de experiência prática para isso. Ao mesmo tempo que essa teoria é animadora, devida as possibilidades que ela sugere em termos de igualdade, acabamos por reforçar o comportamento daqueles que possuem uma visão endurecida sobre mudar a forma como as coisas são feitas.

Pessoas pertencentes a geração Baby Boomer, cujo modelo mental está voltado para estilo de liderança pós-segunda guerra, onde o que era valorizado era a hierarquia e o poder, reforçam ainda mais essa forma de gestão que rejeita ideias novas, bem como ideias vindas de pessoas que não partilham do mesmo tempo de experiência.


No entanto combater esse tipo de rejeição à mudança é algo fundamental para o crescimento das empresas, pois constantemente novos desafios econômicos, políticos e tecnológicos surgem, requerendo que hajam adaptações na forma de trabalho e principalmente porque também existe o fator humano. As mudanças sociais e comportamentais avançam de forma muito mais impactante do que as outras mudanças do macro ambiente. Contratar ou preparar gestores que entendam o que Darwin disse, "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” é fundamental para a sobrevivência das organizações no século 21.

Noel Burch afirma que o processo de aprendizagem é composto de 4 fases: 1) Inconsciente e sem habilidade, 2) consciente e sem habilidade, 3) consciente e com habilidade e 4) Inconsciente e habilidade. O ápice da teoria das 10 mil horas de Gladwell é atingido no estágio 4 onde a experiência de fazer as coisas por 10 mil horas torna sua realização altamente competente e ao mesmo tempo inconsciente, pois as atividades são feitas de forma automática sem que haja necessidade de pensar à respeito.

A vantagem disso é que esse conhecimento está enraizado e a sua execução se dá com extrema destreza e competência. A desvantagem é que esse conhecimento enraizado gera a sensação de segurança quanto ao que foi aprendido, levando resistência à mudanças, mesmo que seja de extrema importância para perpetuação do seu negócio.

Para que isso não ocorra, e para que se possa superar a crise a partir de soluções inovadoras, se faz necessário pensar e agir de forma diferente, ou seja, precisamos repensar a forma de aprender. Precisaremos conduzir o processo de aprendizagem até o estágio 3, onde já existe conhecimento, porém ele ainda é muito recente para ser enraizado, tornando-o maleável e suscetível a mudanças emergenciais. Ou seja, os gestores sabem o que fazer, sabem como lidar com determinado problemas, mas ainda estão abertos até mesmo para substituir o conhecimento se necessário.

Mesmo em tempos de crise e principalmente nesse momento, se faz necessário investir em treinamento e capacitação dos gestores e equipe, pois para se atingir os resultados em um mercado recessivo, será necessário usar novos conceitos e ferramentas para aumentar a produtividade e assertividade sem aumentar os investimentos em maquinário e pessoal.


Sem treinamento, sem clientes! Sem clientes, sem empresa!


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